Convivência em condomínio é sempre um assunto em pauta. Confira os problemas e soluções. - APC - Associação Paulista de Condomínios

Notícias | Convivência em condomínio é sempre um assunto em pauta. Confira os problemas e soluções.

Convivência em condomínio é sempre um assunto em pauta. Confira os problemas e soluções.

São diversos os motivos pelos quais as pessoas optam por morar em condomínio, os principais são: segurança, área de lazer, manutenção em dia, regras que regulam a convivência, estão entre as possíveis vantagens e que motivam as pessoas. Mas também existem ocasiões que podem gerar algum desconforto.

De acordo com especialistas do assunto, foi possível identificar 6 pontos que impactam e dificultam a convivência em grupo. Vamos mostrar as causas e soluções para que você síndico ou morador possa mudar e transformar o ambiente em um lugar ainda melhor de se viver.

1. Ausência de relacionamento entre síndico, administradora e conselho
Quando há uma dificuldade ou até mesmo uma ausência de relacionamento entre esses responsáveis, pode ser prejudicial à vida de um condomínio.

Com a falta de comunicação, integração e sincronia de ideias, o trabalho não flui. Torna muito mais difícil concretizar o planejamento e a vida no condomínio fica prejudicada pela estagnação, falta de melhorias, projetos de médio e longo prazo que atendam às necessidades da massa condominial.

Como resolver?

  • Aplicar pesquisas e enquetes para entender o perfil dos moradores, quais as melhorias que desejam e suas expectativas e usar esses resultados para direcionar o trabalho em prol da massa condominial.
  • Alinhar expectativas de síndico e conselheiros aos interesses do coletivo: quando existe uma visão individualista por um deles, os resultados dessas enquetes ajudam a manter os trabalhos nos trilhos. Com o diálogo entre as partes, a convivência será melhor e vai refletir no andamento dos projetos.

2. Inexistência de protocolo de resolução de conflitos entre vizinhos
São inúmeros as causas de conflitos entre vizinhos: barulhos, crianças, animais domésticos, etc. Por isso o síndico deve fazer cumprir o previsto no Regulamento Interno e Convenção e ser um mediador de conflitos, agindo de forma proativa e imparcial.

Como resolver?
  • Cumprimento às regras: função do síndico, fazer a massa condominial cumprir as regras estabelecidas em Convenção, Regulamento Interno e decisões da assembleia, prevista no artigo 1.348 - inciso IV do Código Civil;
  • Estabelecer um protocolo de resolução de conflito: Segundo o advogado, professor e mediador de conflitos Alessander Mendes recomenda que os condomínios criem, aprovem em assembleia, incluam no Regulamento Interno, implementem e divulguem amplamente o seu próprio protocolo de resolução de conflitos.

3. Falta de senso de coletividade dos moradores
De acordo com Bruno Gouveia, da Cipa, existe uma tendência de que alguns interesses individuais prevalecem ao coletivo na vida em condomínio.

Como resolver?
  • Estabelecer política interna: a melhor forma de superar esse problema é investir numa gestão transparente com foco na comunicação.
  • Manter a massa condominial bem informada sobre os projetos em andamento.
  • Fazer eventos sociais: trabalhar a socialização com festas, gincanas, feiras, torneios esportivos, recreação infantil. Isso engaja crianças, pais, pessoas com interesses comuns. A partir disso se cria laços e amizades, superando as diferenças.
  • Fazer campanhas beneficentes: desperta a sensibilidade da massa condominial, engaja e une as pessoas em prol de uma causa. Por exemplo:
    • campanhas de arrecadação de alimentos;
    • doação de sangue dentro do condomínio;
    • campanha de brinquedos em Dia das Crianças e Natal para creches;
    • Até mesmo a implantação de coleta seletiva desperta o coletivo para a necessidade da gestão de resíduos a favor da sustentabilidade.

4. Confusão nas vagas de garagem
Não é de hoje que existe esse tipo de problema. São brigas em sorteios de vaga, vizinho que não quer que outro manobre o seu carro quando a vaga é presa, manobras mal feitas que impedem que o outro abra a porta do carro, são diversos os motivos.

Como resolver?
Ouça os moradores e elaborem uma solução em conjunto: O público deve ser entendido, como quer tratar a questão e estimular a construção de uma solução coletiva.

Quando não existe consenso, tenha regras claras, divulgue-as periodicamente e aplique as penalidades para quem desobedecê-las. Uma excelente sugestão é que haja campanhas de conscientização no processo de educar a massa condominial.

5. Problemas com animais de estimação
Quando se trata de animais de estimação, são diversos os pontos de atrito que podem tirar o sossego, salubridade e segurança dos condôminos:
  • Falta de atenção com a higiene dos pets, deixando o ambiente com muito odor na unidade privativa e na varanda, chegando ao corredor ou até mesmo às unidades vizinhas;
  • Problemas de translado e circulação abusiva em elevadores e áreas comuns: pets soltos ou sem focinheira (quando a raça precisa), dono não toma providência quando fazem as necessidades nos espaços.

Como resolver?
  • Quando o pet faz as necessidades em áreas comuns, o morador/tutor deve recolher os dejetos, limpar e/ou avisar o zelador ou faxineiro;
  • Conversar individualmente com morador dono do animal doméstico quando houver ocorrência;
  • Se não resolver na conversa, tem que partir para advertência ou multa;
  • Promover campanhas de conscientização para uma boa convivência;
  • Em caso de maus-tratos, esteja atento à legislação local e registre denúncia no órgão competente da sua região.

6. Incômodo provocado por cigarros e derivados
É proibido o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilés e outros produtos nos locais de uso coletivo, públicos ou privados, como hall e corredores de condomínio, restaurantes e clubes, mesmo que o ambiente esteja parcialmente fechado por uma parede, divisória, teto ou até toldo. É o que diz a lei sobre cigarros.

O problema não se limita apenas ao mau cheiro ou fumaça, mas às sujeiras e aos riscos de incêndio devido à falta de consciência ao se desfazerem das bitucas.

Como resolver?
  • Campanhas de conscientização;
  • Conversem com os fumantes e busquem uma solução.

Para concluir, o mais importante é sempre buscar uma solução de forma coletiva, onde todos podem opinar e chegar em um denominador comum.

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